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Introdução¶
Vamos começar essa etapa do nosso curso com o ciclo de vida de dados em projetos de ciência de dados. Com foco especial no CRISP-DM (Cross-Industry Standard Process for Data Mining).
Ciclo de Vida de Dados em Projetos de Ciência de Dados¶
1. Entendimento do Negócio¶
O primeiro passo em qualquer projeto de ciência de dados é entender o problema de negócio. É fundamental definir claramente os objetivos do projeto e como os resultados serão utilizados pela organização. Isso geralmente envolve reuniões com stakeholders, levantamento de requisitos e definição de KPIs (Key Performance Indicators) que ajudarão a medir o sucesso do projeto.
Ferramentas e Técnicas¶
- Entrevistas e Workshops: Para coletar informações dos stakeholders e especialistas.
- Mapas Mentais: Para visualizar o problema e suas possíveis soluções.
2. Entendimento dos Dados¶
Após definir o problema de negócio, é necessário coletar dados relevantes. Esta etapa inclui a coleta, descrição, exploração e verificação da qualidade dos dados disponíveis. O entendimento dos dados ajuda a identificar quais dados são necessários e como eles podem ser usados para resolver o problema.
Ferramentas e Técnicas¶
- SQL e NoSQL: Para coleta de dados de bases de dados estruturadas e não estruturadas.
- Exploração de Dados: Usando ferramentas como pandas, matplotlib e seaborn para análise exploratória dos dados (EDA).
- Análise de Qualidade dos Dados: Verificação de inconsistências, valores ausentes e outliers.
3. Preparação dos Dados¶
A preparação dos dados é uma das etapas mais críticas e trabalhosas. Envolve a limpeza, transformação e formatação dos dados para torná-los adequados para modelagem. Esta etapa pode incluir a imputação de valores ausentes, normalização, codificação de variáveis categóricas e seleção de features.
Ferramentas e Técnicas¶
- Pandas e NumPy: Para manipulação e transformação de dados.
- Scikit-learn: Para técnicas de pré-processamento como normalização, padronização e codificação de variáveis.
- Feature Engineering: Criação de novas features a partir dos dados existentes para melhorar a performance dos modelos.
4. Modelagem¶
Nesta etapa, diferentes técnicas de modelagem são aplicadas aos dados preparados. A escolha do modelo depende da natureza do problema e dos dados. Técnicas comuns incluem: - Regressão Linear e Logística: Para problemas de previsão e classificação binária. - Árvores de Decisão e Random Forest: Para problemas de classificação e regressão. - Máquinas de Vetores de Suporte (SVM): Para problemas de classificação complexos. - Redes Neurais: Para problemas de alta complexidade, como reconhecimento de imagem e processamento de linguagem natural.
Ferramentas e Técnicas¶
- Scikit-learn: Para algoritmos de machine learning.
- TensorFlow e Keras: Para construção e treinamento de redes neurais profundas.
- Cross-validation: Para avaliação e validação de modelos.
5. Avaliação¶
A avaliação do modelo é crucial para garantir que ele atenda aos objetivos do negócio. Métricas comuns de avaliação incluem precisão, recall, F1-score, e AUC-ROC. A avaliação deve ser feita em dados que não foram usados no treinamento para garantir a generalização do modelo.
Ferramentas e Técnicas¶
- Métricas de Avaliação: Como precisão, recall, F1-score, AUC-ROC para classificação; RMSE, MAE para regressão.
- Confusion Matrix: Para análise detalhada de modelos de classificação.
- ROC Curves e Precision-Recall Curves: Para avaliação de modelos binários.
6. Implantação¶
Uma vez que o modelo é avaliado e aprovado, ele é implantado no ambiente de produção. Esta etapa envolve a integração do modelo nos sistemas existentes e a configuração de monitoramento e manutenção contínua. A implantação pode ser feita através de APIs, sistemas de batch processing ou integração direta em aplicações web e mobile.
Ferramentas e Técnicas¶
- Flask e FastAPI: Para servir modelos como APIs web.
- Docker e Kubernetes: Para containerização e orquestração de serviços.
- Monitoramento: Usando ferramentas como Prometheus e Grafana para monitorar a performance do modelo em produção.
CRISP-DM: Cross-Industry Standard Process for Data Mining¶
CRISP-DM é uma metodologia amplamente utilizada em ciência de dados que fornece um processo estruturado para a condução de projetos de data mining. Ele consiste em seis fases principais:
- Entendimento do Negócio: Compreender os objetivos e requisitos do negócio.
- Entendimento dos Dados: Coletar, descrever e explorar os dados iniciais.
- Preparação dos Dados: Selecionar, limpar e transformar dados para modelagem.
- Modelagem: Selecionar e aplicar técnicas de modelagem apropriadas.
- Avaliação: Avaliar a qualidade e eficácia dos modelos.
- Implantação: Implementar o modelo no ambiente de produção.
Vantagens do CRISP-DM¶
- Flexibilidade: Pode ser aplicado a uma ampla gama de indústrias e problemas.
- Estruturado: Fornece uma abordagem sistemática para projetos de data mining.
- Iterativo: Permite revisões e melhorias contínuas em cada fase.